Starship explode em voo pela segunda vez

O megafoguete Starship, da SpaceX, realizou um voo de teste na quinta-feira, 6 de março de 2025, a partir da base Starbase em Boca Chica, Texas. (Foto: AP/Eric Gay)

A SpaceX realizou o oitavo teste do Starship a partir da base Starbase, no Texas, mas a nave explodiu menos de 10 minutos após a decolagem. O foguete Super Heavy completou sua separação e pouso com sucesso, mas o Starship perdeu o controle após falhas nos motores e perdeu comunicação com a empresa. A explosão foi vista da Flórida e do Caribe, levando a FAA a suspender temporariamente voos em aeroportos da região devido ao risco de destroços.

Essa falha marca o segundo acidente consecutivo do Starship neste ano. Em janeiro, a nave explodiu sobre as ilhas Turks e Caicos, espalhando fragmentos pela região. O governo local ainda trabalha na remoção dos destroços, mas os detalhes do plano de recuperação da SpaceX não foram divulgados. A FAA segue investigando o caso, o que levanta questionamentos sobre a segurança dos lançamentos antes da conclusão das análises.

Segundo a SpaceX, a explosão foi causada por um evento energético na parte traseira da nave, comprometendo os motores e o controle de atitude. A empresa afirma que os destroços caíram dentro da área planejada, reduzindo riscos ao público. No entanto, o incidente reacendeu debates sobre os critérios da FAA para aprovar lançamentos experimentais sobre áreas habitadas.

A SpaceX adota uma abordagem de “desenvolvimento iterativo rápido”, realizando testes frequentes e aceitando falhas para acelerar melhorias. Após o fracasso de janeiro, a empresa implementou modificações, como novos sistemas de ventilação e ajustes no abastecimento dos motores. O teste também pretendia avaliar a resistência da nave sem alguns escudos térmicos e simular o lançamento de satélites, mas essas metas não foram atingidas.

Mesmo com os contratempos, o Starship segue como peça-chave nos planos da SpaceX, incluindo sua participação no programa Artemis da NASA para levar astronautas à Lua. Agora, a FAA exige que a empresa realize uma investigação detalhada antes de permitir novos lançamentos, garantindo a implementação de medidas corretivas para aumentar a segurança.

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