Com o lançamento do nono voo de teste da Starship marcado para 27 de maio, a SpaceX divulgou as conclusões sobre a falha que levou à destruição da nave no teste anterior, ocorrido em março. O relatório revela que o estágio superior da nave foi perdido devido a um problema técnico em um de seus motores, o que acabou gerando uma ignição não intencional de propelente.

O voo 8 foi lançado em 6 de março a partir da base da SpaceX no sul do Texas. A missão seguiu um perfil semelhante ao do teste anterior, com o estágio Super Heavy retornando com sucesso à base, onde foi capturado pela torre de lançamento. No entanto, o estágio superior enfrentou falhas que o impediram de cumprir os objetivos da missão.

Assim como no voo 7, o Ship explodiu sobre o Atlântico após apresentar falhas críticas. No teste mais recente, sensores detectaram um clarão próximo a um dos motores Raptor centrais, seguido por uma perda rápida de empuxo e descontrole do veículo. Dois minutos depois, as comunicações foram interrompidas e o sistema automático de destruição foi ativado.

A SpaceX identificou a causa como uma falha mecânica em um dos motores, que permitiu a mistura de propelentes e causou a explosão. Para evitar novos incidentes, a empresa reforçou pontos estruturais, introduziu um sistema de purga com nitrogênio e melhorou a drenagem dos tanques. Além disso, planeja substituir gradualmente os motores atuais por uma versão mais robusta, o Raptor 3.

O estágio Super Heavy também apresentou falhas parciais na reativação dos motores durante a manobra de retorno, devido a problemas térmicos nos sistemas de ignição. Como medida corretiva, foi aplicado isolamento térmico adicional nas áreas afetadas.

A investigação contou com mais de 100 testes de motores e foi acompanhada por órgãos reguladores dos Estados Unidos, incluindo a FAA, NASA, Força Espacial e o Conselho Nacional de Segurança em Transportes. Segundo a FAA, a SpaceX implementou as correções necessárias e está autorizada a prosseguir com os voos de teste.

O próximo lançamento utilizará o mesmo propulsor que participou do voo 7, sendo a primeira vez que um componente reutilizado será testado nesse estágio. A decolagem está prevista para 27 de maio, com transmissão ao vivo pelo site da empresa e pelas redes sociais.