A missão SWOT, uma parceria entre a NASA e a agência espacial francesa CNES, busca melhorar o mapeamento do fundo oceânico por meio de dados do satélite SWOT. Embora os navios equipados com sonar consigam realizar medições detalhadas, apenas uma pequena parte do fundo marinho foi mapeada dessa maneira. Para alcançar uma visão global do fundo do mar, os cientistas recorrem ao uso de satélites, como o SWOT, que oferece uma solução mais ampla e precisa.

Esses mapas são essenciais para várias atividades marítimas, como navegação, instalação de cabos de comunicação e exploração de recursos naturais, incluindo mineração de minerais raros. Além disso, são fundamentais para estudar os ecossistemas marinhos e os processos geológicos, como a tectônica de placas, que têm impacto direto nas correntes oceânicas, no clima e na vida marinha.

Embora o principal objetivo da missão SWOT seja medir a altura da água em diversos corpos d’água, como oceanos, rios e lagos, ela também contribui para o mapeamento do fundo do mar. Ao identificar as variações na altura da superfície do oceano causadas por formações submarinas, o satélite permite criar mapas topográficos detalhados, que ajudam a monitorar mudanças no gelo marinho ou no avanço de inundações.

A capacidade do SWOT de identificar elevações causadas por montes submarinos e outras formações geológicas foi uma grande descoberta. Características como essas têm maior massa do que a água ao redor, o que gera uma atração gravitacional mais intensa e eleva a superfície do mar. O satélite pode detectar essas variações com alta precisão, permitindo mapear áreas submarinas de forma mais eficaz.

A missão também revelou detalhes sobre as colinas abissais, que representam uma grande parte do fundo oceânico, mas que eram difíceis de detectar a partir do espaço. Essas formações, além de ajudar a entender a movimentação das placas tectônicas, influenciam as correntes profundas e o transporte de nutrientes, impactando diretamente os ecossistemas marinhos.

Os dados do SWOT complementam os esforços globais para mapear o fundo do mar, ajudando a preencher as lacunas do mapeamento feito por sonar a bordo de navios. Embora a meta de mapear completamente o fundo marinho até 2030 seja desafiadora, o satélite está acelerando esse processo, trazendo avanços significativos para o estudo dos oceanos e suas características geológicas.

Desenvolvido com a colaboração de várias agências espaciais, o SWOT é uma ferramenta essencial para compreender melhor os oceanos e os processos que ocorrem em suas profundezas, oferecendo uma visão mais detalhada e precisa do nosso planeta.