Robô voador com “tromba de elefante” promete revolucionar tarefas em ambientes aéreos complexos

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong (HKU), liderados pelo professor Peng Lu, apresentaram um novo tipo de manipulador aéreo chamado Aerial Elephant Trunk (AET), que se destaca pela capacidade de executar tarefas complexas de manipulação em voo. Inspirado na tromba de um elefante, o sistema é altamente flexível e representa um avanço significativo na área de robótica aérea voltada para ambientes desafiadores.

Diferente dos braços robóticos tradicionais acoplados a drones, que são limitados em agilidade e na capacidade de carga, o AET é um manipulador contínuo e compacto, capaz de se curvar, adaptar e envolver objetos com diferentes formas e tamanhos. Isso permite que o robô voe por espaços apertados, desvie de obstáculos e execute tarefas que exigem destreza em locais de difícil acesso.

Segundo o professor Lu, o diferencial do AET está na sua versatilidade. Em vez de depender de pinças rígidas, ele usa o próprio corpo para agarrar objetos, algo que os manipuladores convencionais não conseguem fazer com eficiência. O AET consegue operar em ambientes confinados, como tubulações ou estruturas estreitas, onde braços tradicionais falham.

A tecnologia foi pensada para aplicações práticas em situações reais, como remoção de detritos após desastres naturais, manutenção de linhas elétricas em altura e inspeção de estruturas marítimas. O AET é capaz de agarrar, transportar e manipular objetos com precisão, mesmo sob condições adversas, ampliando o alcance dos drones em tarefas de risco.

O projeto também contribui para o avanço da chamada economia de baixa altitude, que envolve o uso de robôs aéreos em atividades industriais, logísticas e de infraestrutura. A combinação de design inteligente e controle refinado faz do AET uma base sólida para o futuro da manipulação robótica aérea.

Mais informações: Rui Peng et al. A dexterous and compliant aerial continuum manipulator for cluttered and constrained environments. Nature Communications (2025). DOI: 10.1038/s41467-024-55157-2.

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